Visita conjunta da Organiza??o Mundial da Sa?de, com o Minist?rio da Sa?de P?blica ao Arquipel?go dos Bijag?s

MIL OSIBISSAU, Guiné-Bissau, 5 de outubro 2021/APO Group/ —

De 1 a 3 de Outubro, a Organização Mundial da Saúde e a UNICEF, participaram junto com o Ministro da Saúde Pública, o Dr. Dionísio Cumbà e a sua delegação, numa visita às regiões sanitárias de Bijagós e Bolama. A delegação da OMS era composta pelo representante residente Dr. Jean-Marie Kipela, da Dra. Mie Okamura, Assessora de Planeamento de Saúde, do Dr. Alfredo Biague, epidemiologista, do Sr. Miguel Almeida, Oficial de Promoção de Saúde e Comunicação e do Dr António Sidjanho que se juntou ao grupo em Bolama. A UNICEF, foi representada pelo Dr. Salvator Nibitanga, chefe de saúde e nutrição e a delegação do Ministério da Saúde Pública era composta de Directores Gerais e de serviços composto por um total de 20 pessoas.

O objetivo da missão era identificar as oportunidades e os desafios dos diferentes centros de saúde, assim como auscultar os profissionais de saúde, autoridades locais, régulos e líderes das associações de mulheres sobre as problemáticas ligadas à prestação de serviços de saúde nesta região remota do país.

No primeiro dia, a delegação visitou o Hospital Regional Marcelino Banca. A comitiva foi também recebida pelas autoridades de Bubaque, onde a UNICEF procedeu a entrega de um bote, financiado com fundos da GAVI. Tendo em conta, o isolamento da região, este donativo vai permitir uma maior cobertura vacinal e resposta rápida às diferentes emergências sanitárias da população. De facto, na madrugada dos dias 2 e 3 de outubro, foi possível evacuar para o Hospital Nacional Simão Mendes duas grávidas que estavam a ter complicações com o parto.

A comitiva visitou ainda os centros de saúde de Uno, Caravela e Bolama. Em Bolama, antiga capital da Guiné-Bissau, a delegação foi recebida pelas autoridades locais e ainda inspecionou as ruínas do Antigo Hospital Militar e Civil. Sobre o mesmo, o Dr. Jean-Marie Kipela, representante da OMS, comentou que “é uma tristeza ver o estado deste Hospital”, referiu ainda que “na altura era um Hospital de referência, com bloco operatório”.

No final desta missão exploratória, o Ministro da Saúde Pública, Dr. Dionísio Cumbà, afirmou que o seu objetivo é “levar a saúde até ao último cidadão da Guiné-Bissau”. Tendo em conta a especificidade do Arquipélago de Bijagós, com as suas 88 ilhas repartidas em 11 areas sanitárias, o Ministro da Saúde Pública salientou que “é importante reforçar a capacidade dos centros de saúde, assim como dos seus profissionais de saúde, pois devido as condições climáticas nem sempre é possível evacuar os doentes para Bissau”.

Por sua parte, o representante da OMS, Dr. Jean-Marie Kipela, declarou que “as ilhas precisam de uma estratégia específica, não podemos considerar as ilhas da mesma maneira que a parte continental”. Reiterou que “todo o cidadão da guineense, merece ter acesso a saúde, independentemente de onde estiver localizado”.

Esta missão se faz no seguimento do plano de visitas do Ministro da Saúde Pública às regiões sanitárias do país. A OMS participou na comitiva que visitou 10 das 11 regiões sanitárias, 48 estruturas de saúde e 6 Direções Regionais . De realçar que missões conjuntas desta natureza reforçam o papel da OMS, no apoio estratégico ao Ministério da Saúde Pública, para juntos delinearmos as prioridades de saúde do país.

A OMS, com o apoio t?cnico do INEM, capacitou 40 profissionais de sa?de em Suporte B?sico de Vida e Desfibrilha??o Autom?tica Externa (SBV-DAE)

MIL OSIBISSAU, Guiné-Bissau, 13 de julho 2021/APO Group/ —

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com o Alto-Comissariado para o COVID-19, estabeleceu uma parceria com o Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM), que enviou uma equipa de emergência médica (PT EMET) para dar formação em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa (SBV-DAE).

A equipa, composta por cinco especialistas do INEM, designadamente um médico, um enfermeiro e três técnicos de emergência pré-hospitalar, chegou a Guiné-Bissau no dia 3 de Julho. Até dia 8 de Julho a equipa formou 40 profissionais de saúde de várias regiões sanitárias do país em SBV-DAE.

Durante a formação, os profissionais de saúde aprenderam como actuar perante uma vítima em paragem cardiorrespiratória (PCR). Estima-se que, após o colapso da vítima, uma rápida intervenção (3 a 5 minutos) através da desfibrilhação precoce, resulta em taxas de sobrevivência de 50 a 70%. Para tal, a equipa do INEM sublinhou a importância dos vários elementos da Cadeia de Sobrevivência: Ligar para o número de urgência (112), Reanimar, Desfibrilhar e Estabilizar.

Através de vários exercicíos prácticos com manequins, os profissionais de saúde assimilaram diversas prácticas de salvamento, nomeadamente : compressões torácicas, insuflações ou ainda a posição lateral de segurança. Tiveram também sessões teóricas em suporte básico de vida pediátrico e adulto. Por último, puderam apreender o funcionamento do Desfibrilhador Automático Externo (DAE), e em que contextos deve ser utilizado. De realçar que as 15 ambulâncias entregues pela OMS ao Governo da Guiné-Bissau via o Alto-Comissariado para o COVID-19 estão equipadas com DAE e que este aparelho, se usado correctamente, vai salvar vidas.

Na entrega dos diplomas aos 20 primeiros formados em SBV-DAE, a Dra. Mie Okamura, Assessora de Planeamento de Saúde na OMS, afirmou que “agora, com o conhecimento específico na utilização do desfribrilhador, assim como das diversas prácticas de salvamento, vocês vão poder fazer a diferença na vida das pessoas que irão evacuar, tanto no serviço pre-hospitalar como inter-hospitalar”. A Dra. Mie deu ainda os parabéns aos técnicos de saúde, sinalizando que com o conhecimento adquirido vão poder reforçar o sistema nacional de saúde.

Por último, realçou o apoio prestado pela OMS ao país na criação da Rede Integrada de Ambulâncias, nomeadamente na acquisição das ambulâncias equipadas com material de alta qualidade para salvar vidas, assim como formação em Cuidados Básicos de Emergência. Com a formação em SBV-DAE, os 40 profissionais de saúde estão agora igualmente capacitados para uma mais plena operacionalização do Sistema de Emergência.